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DE PORTAS FECHADAS

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“Quantas histórias cabem dentro das paredes de concreto em que se estrutura a memória?

Um só espaço pode abrigar em suas paredes quantas vezes a mesma história?”

A peste chegou à cidade. Um edifício visto ao longe... Em que tempo se passa? Zoom… vê-se janelas… Zoom… Dentro das janelas, pequenos universos. Quando seres que cometeram ao longo da história feitos brutais são homenageados com estatuetas em praças públicas, temos como dever histórico narrar os fatos daqueles que foram invisibilizados e não viraram monumento de bronze.

 

O espetáculo acontece em uma realidade que tem como palco um apartamento de 38m, e um cenário composto a partir de uma porta e uma parede que, ao longo da obra, darão vida às diversas moradas de todas as personagens que compõem este espetáculo. A visão do público se dá pela perspectiva de quem espia por uma janela e adentra a intimidade essencial das figuras que ali habitam. O edifício que abriga diversas micro células de vida, torna-se o personagem central dessas narrativas e memórias , cujas quais refletem uma cidade que é território de milhares de edifícios .

 

Duas meias-máscaras chegam para narrar essas histórias do seu prédio, mas quem asconta são as paredes, os tijolos, as vidraças deste velho edifício que abriga fatos que aconteceram e que acontecem. Novas Máscaras vão surgindo afim de mostrar fragmentos da vida particular daqueles que estão vivendo um exílio dentro de suas próprias casas, em um tempo que não se sabe se é hoje, se foi ontem ou se se dará amanhã. As que partem são memória de um alguém?

 

O que podemos espiar dentro destas micro-realidades? Cartas que vão e vem por debaixo da porta, desajustes e desconcertos diante de novas rotinas, o medo que paira no ar, celebrações e festas (com uma só pessoa!?), dias que passam todos iguais, a perda de alguém amado, tentativas egoístas de evolução pessoal diante do caos no mundo,a repressão de um pensamento que parecia libertador, a idosa que a família não visita mais, quem perde tudo, quem ganha muito, quem não sabe o que fazer com o tempo que não passa, quem tem de sair todos os dias para o trabalho e não sabe o que fazer para encontrar tempo.

“De Portas fechadas” é criado através da linguagem das Máscaras Expressivas Humanas, máscaras teatrais que caminham junto à pesquisa da comédia física, possibilitando para o ator uma pesquisa de atuação disponível, onde ele possa (durante o jogo com a máscara) surpreender ao público e a si mesmo a cada micro-gesto e situação.

 

O espetáculo é composto por aspectos cômicos, narrativos e de animação como cenografias animadas e manipulação de objetos. As máscaras atingem ainda, a potência de de assumirem mais de uma personagem.

Com uma estrutura cênica de entradas e saídas fragmentadas, o espetáculo traz uma filmagem de câmera parada e contará com edições e cortes secos respeitando a teatralidade artesanal proposta de que a obra prevê.

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